segunda-feira, 13 de agosto de 2012
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
MEMÓRIAS DE ALFABETIZAÇÃO
No início era tudo escuro. Não uma escuridão da forma "negra", mas a escuridão onde ao olhar via-se apenas riscos.
E a curiosidade dos risco era muito grande, pois sabia que ali naquelas folhas que a minha mãe recebia de minha avó, contava algo que deixava a minha mãe com muitas saudades.
Com isso a minha curiosidade de ler chegou ao meu ser e foi com a paciência, o amor e seu orgulho de ser professora que a minha mãe me apresentou as letras.
Foi na cartilha caminho suave que me alfabetizei e quando fui para sala de aula, com tantas crianças, já sabia ler e escrever.
Mesmo assim, o processo na escola teve seus "defeitos".
Tão grande era minha timidez, o medo de encontrar o novo que nem conseguia pedir para ir ao banheiro, então o constrangimento foi maior ainda, pois fiz xixi na sala de aula e todo mundo viu.
Durante o período, lembro-me da lousa cheia de peixinhos que era o "l", onde a professora desenhava os olhinhos, boquinhas e o "c" que ela dizia ser as ondas do mar.
Apesar de ser cansativo a repetição das letras era gostoso e sempre queria fazer mais.
Da minha época escolar o que marcou mais foi encontrar no quarto ano a professora Maria Helena. Muito carinhosa, atenciosa, meiga.
Aquela sim, era a minha segunda mãe.
Afinal desde que entrei na escola as professoras diziam ser a 2ª mãe.
E esses foram os primeiros passos para o longo caminho que tracei na minha vida com as letras.
Elisabete Soares Pivato
Assinar:
Postagens (Atom)